quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Serei só eu?

Se o dinheiro não vem, se a casa atravessa dificuldades, se se grita aos 7 ventos que é necessário reduzir a despesa, então como se justifica:
1. O número, em crescendo, de assessores com um salário, estipulado em reunião de câmara, de 3.750€, quando o máximo da carreira da função pública não ultrapassa os 3.000€.
2. O desaproveitamento da mão de obra interna (por exemplo nos jardins, que continuam ao abandono).
3. A manutenção de benesses, como sejam as auto-conduções, para todos os chefes de divisão, (já para não falar de viaturas atribuídas a outros, (que nem ao diabo...) independentemente da necessidade.
4. A criação de um denominado grupo de audio-visual para se encaixar a ex-dap e outros tantos boys laranja-arosados ou rosa-alaranjados, conforme o gosto.
5. A necessidade de se manterem pessoas, sem vínculo, a desempenharem funções para as quais existem no quadro, em número excedentário e com menos de metade do salário.
6. A existência de uns serviços sociais, pejados de administradores, ligados partidariamente claro, acumulando funções com cargos de chefia, escolhidos não pela competência, mas pela negociação entre a rosa e a laranja (a competência dos mesmos pode ser verificada não pelos curriculae, já que não os têm, mas pela primeira medida tomada pelos mesmos... a compra de viaturas para os membros do conselho, claro)
7....
Sabendo do recurso da decisão do TC, penso que talvez tenham, se conseguirem, oportunidade e tempo para justificarem...
Enquanto isso, Lisboa continua à espera!

sábado, 16 de fevereiro de 2008

1

1, de primeira mensagem, podia ser de só mais 1, insatisfeito, cansado, desmotivado, triste. Só mais 1 funcionário do Quadro da Câmara da Cidade, Capital de Portugal, que aqui encontrou um lugar para desabafar.
Aprendi a amar esta Lisboa, e a hipótese de poder fazer parte dos que ajudam a dela tratar foi sempre suficiente para vencer todas aquelas adversidades naturais ao funcionário público: trabalhar sem ser reconhecido por chefias cuja competência é reconhecida pelo cartão ou simpatia política e ultrapassado por admissões cuja legalidade passa pelo conhecimento mais ou menos íntimo dos júris.
Para uma motivação maior nos últimos 3 mandatos, o corrente incluído, passámos a contar com mais um elemento forte, o prestador de serviços. Para funções semelhantes e por vezes com habilitações inferiores convivemos agora, com pretensos "colegas" de salários triplicados. Estes entraram pela porta dos gabinetes da vereação e chegado o final dos mandatos transitam para os serviços mantendo os principescos salários sem obrigação de horários.
Entretanto, Lisboa continua à espera...